Duas perguntas ainda me intrigam nesse caso, por que a mídia não admite que tem sim parte da culpa da produção de monstros como Wellington? Será que a cobertura da mídia seria a mesma, de forma espetacular e grotesca, se as vitimas fossem da classe média ou da burguesia?
A exposição das crianças no dia do massacre, muitas sem autorização dos responsáveis, é crime, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. O espetáculo de sangue e imagens nunca antes apresentadas em rede nacional não teve o caráter informativo, as redes de televisão se fartaram com boatos e noticias desencontradas que buscaram antes o Ibope e não acalmar a população e principalmente os pais das vitimas.
O massacre de informações promovidas pela mídia capitalista prega a exclusão, a padronização e o individualismo. Sabemos que o comportamento doentio de Wellington tem causas psicossociais, no entanto o bullying desponta como um dos motivos mais fortes. Nunca devemos nos esquecer das verdadeiras vitimas desse massacre as 12 crianças que perderam suas vidas, assim como nunca deveremos nos esquecer que esse mesmo sistema esta ativo e fará novas vitimas. Resta aos pais agora chorar seus mortos, e torcer para que a mídia os deixe em paz.
Fotos de Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre que fez 12 vítimas na Escola Municipal de Tasso da Silveira em Realengo, Rio de Janeiro, são divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do estado. Sempre sozinho, as fotografias mostram o atirador empunhando armas, segurando uma espécie de carta e, em cinco delas, usando barba.
Saiba mais: em vídeo, atirador afirma que bullying foi a principal motivação do massacre.
Para ilustrar e embasar minha fala trago esse artigo:
Bullying motivou 87% de ataques em escolas, diz estudo
O psiquiatra americano Timothy Brewerton, que tratou de alguns dos estudantes sobreviventes do massacre de Columbine, que deixou 13 mortos em 1999 nos Estados Unidos, apresentou ontem no Rio estudo realizado pelo serviço secreto do país cujo resultado apontou que, nos 66 ataques em escolas que ocorreram no mundo de 1966 a 2011, 87% dos atiradores sofriam bullying e foram movidos pelo desejo de vingança. Trata-se da mesma motivação alegada pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo. “O bullying pode ser considerado a chave para entender o problema e um enorme fator de risco, mas outras características são importantes, como tendências suicidas, problemas mentais e acessos de ira. Não acredito em um estereótipo ou perfil para um assassino potencial nas escolas.”
A pesquisa apontou que em 76% dos ataques no mundo os assassinos eram adolescentes e tinham fácil acesso às armas de parentes. “Além do controle ao acesso às armas, recomendamos também que os pais fiquem atentos a alguns comportamentos, como maus-tratos contra animais, alternância de estados de humor, tendências incendiárias, isolamento e indiferença”, disse Brewerton. Segundo ele, 70% dos ataques registrados em escolas no mundo aconteceram nos Estados Unidos. O levantamento apontou que naquele país 160 mil alunos faltam diariamente no colégio por medo de sofrer humilhações, surras ou agressões verbais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
A pesquisa apontou que em 76% dos ataques no mundo os assassinos eram adolescentes e tinham fácil acesso às armas de parentes. “Além do controle ao acesso às armas, recomendamos também que os pais fiquem atentos a alguns comportamentos, como maus-tratos contra animais, alternância de estados de humor, tendências incendiárias, isolamento e indiferença”, disse Brewerton. Segundo ele, 70% dos ataques registrados em escolas no mundo aconteceram nos Estados Unidos. O levantamento apontou que naquele país 160 mil alunos faltam diariamente no colégio por medo de sofrer humilhações, surras ou agressões verbais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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