quarta-feira, 18 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mergulhadores fotografam placas tectônicas na Islândia

O fotógrafo britânico Alexander Mustard e alguns colegas mergulharam na fenda existente entre as placas tectônicas da América do Norte e Eurásia, registrando imagens espetaculares.


A aventura para conhecer a "fronteira" entre as duas placas ocorreu no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia. A paisagem submersa do parque é cheia de vales, falhas e fontes de lava, formados pelo afastamento gradual entre as duas placas, que se distanciam cerca de 2,5 centímetros uma da outra a cada ano.

Os mergulhadores que participaram da expedição desceram cerca de 24 metros na fenda entre as placas, mas chegaram a até 60 metros de profundidade em cânions como o Silfra e o Nikulasargia.

Mustard, de 36 anos, diz que as imagens mostram "o mundo submarino único da Islândia, que assim como a ilha, é formado por paisagens vulcânicas".

Fotos foram tiradas nas imediações do Parque Nacional Thingvellir
(Foto: Alexander Mustard / Solent)

A lava e o vapor quente na interseção entre as placas criou também a chaminé hidrotermal Arnarnes Strytur, visitada pelos mergulhadores. A água é expulsa da chaminé 80°C e forma uma coluna turva ao entrar em contato com a água do mar, que está a 4°C.

Mergulhadores chegaram a atingir até 60 metros de profundidade
(Foto: Alexander Mustard / Solent)

A noção de placas tectônicas foi desenvolvida nos anos 1960 para explicar as localizações dos vulcões e outros eventos geológicos de grande escala.

De acordo com a teoria, a superfície da Terra é feita de uma "colcha de retalhos" de enormes placas rígidas, com espessura de 80 km, que flutuam devagar por cima do manto, uma região com magma nas profundezas da terra.

As placas mudam de tamanho e posição ao longo do tempo, movendo entre um e dez centímetros por ano - velocidade equivalente ao crescimento das unhas humanas.

Fenda entre duas placas tectônicas foi estudada
(Foto: Alexander Mustard / Solent)

O fundo do oceano está sendo constantemente modificado, com a criação de novas crostas feitas da lava expelida das profundezas da Terra e que se solidifica no contato com a água fria. Assim, as placas tectônicas se movem, gerando intensa atividade geológica em suas extremidades.

As atividades nestas zonas de divisa entre placas tectônicas são as mesmas que dão origem aos terremotos de grande magnitude.

Alexander Mustard é especializado em fotografia no fundo do mar
(Foto: Alexander Mustard / Solent)

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