terça-feira, 21 de junho de 2011

Os países mais perigosos para mulheres no mundo-Aviso: contém imagens fortes

terça-feira, 21 de junho de 2011

Afeganistão, Congo e Paquistão são os países mais perigosos para mulheres no mundo. Os dados são de uma pesquisa da Fundação Thomson Reuters divulgada nesta quarta-feira. Os motivos que tornam estes os piores lugares para o sexo feminino vão desde violência sexual e precários cuidados de saúde aos chamados “assassinatos por honra”.
Índia e Somália ficaram em quarto e quinto lugar, respectivamente. A pesquisa foi encomendada pelo TrustLaw, serviço oficial de divulgação de notícias da fundação, que pediu que 213 especialistas em gênero de cinco continentes povoados classificassem os países pela percepção geral de risco, além de seis fatores: ameaças à saúde, violência sexual, violência não-sexual, fatores culturais ou religiosos, falta de acesso a recursos e tráfico de pessoas.
A chefe executiva da Fundação Thomson Reuters, Monique Villa, disse ao jornal The Guardian que “os perigos escondidos – como a falta de educação ou péssimo acesso a cuidados de saúde – são tão mortais, senão mais, do que ameaças físicas como estupro e homicídio, que geralmente ganham as manchetes”. “Nos cinco países do topo da lista, os direitos humanos fundamentais são sistematicamente negados às mulheres”, disse Villa. ” No mundo em desenvolvimento, quando a mulher trabalha, seus filhos estão bem alimentados e melhor educados, porque eles gastam seu dinheiro com a família”, afirmou ela.


Afeganistão
 
Assolado pela insurgência de grupos extremistas, corrupção e miséria, o Afeganistão foi classificado como o mais perigoso para as mulheres no mundo. O país asiático teve a pior avaliação em três categorias de risco importantes: saúde, violência não-sexual e discriminação econômica. Segundo a pesquisa, as afegãs têm uma chance em 11 de morrer no nascimento. Cerca de 87% das mulheres no país são analfabetas, apontou o estudo. Entre 70% e 80% das meninas e mulheres são obrigadas a se casar em matrimônios forçados.

Congo
 
Ainda se recuperando da guerra civil entre 1998 e 2003 – que deixou 5 milhões de mortos -, a República Democrática do Congo ficou em segundo lugar na lista. O principal motivo que levou o país ao resultado na classificação foram os altos níveis de violência sexual. Cerca de 1,15 mil são estupradas por dia, ou 420 mil por ano, segundo um relatório divulgado no American Journal of Public Health. Já a campanha Mulheres Congolesas Contra a Violência Sexual diz que o número de mulheres violentadas por dia é de 40. No país africano, 57% das mulheres grávidas têm anemia.

Paquistão
 
O país vizinho do primeiro da lista foi eleito o terceiro pior lugar no mundo para as mulheres viverem. Os especialistas listaram práticas culturais, tribais e religiosas como fatores de risco – incluindo ataques com ácido, casamento forçado (às vezes ainda na infância), punições por apedrejamento e outros abusos físicos. Mais de 1 mil mulheres e meninas são vítimas de “assassinatos por honra” a cada ano, segundo a Comissão de Direitos Humanos no Paquistão. Noventa por cento das paquistanesas são vítimas de violência doméstica no país. As mulheres têm renda 82% menor do que os homens.

Índia
 
O maior país democrático do mundo também é o quarto lugar mais perigoso para mulheres. O aborto de fetos do sexo feminino, o casamento infantil e altos níveis de tráfico humano e servidão doméstica são os principais motivos que colocaram a Índia nessa lista. Mais de 50 milhões de meninas “desapareceram” no último século devido ao infanticídio e ao aborto de fetos do sexo feminino. Cem milhões de pessoas, a maioria mulheres e meninas, estão envolvidas no tráfico humano de alguma forma, segundo o ex-secretário indiano do Interior Madhukar Gupta. No país indiano, 44,5% das meninas se casam antes dos 18 anos.

Somália
 
Um dos países mais pobres, violentos e sem lei, a Somália ficou em quinto lugar, segundo a Fundação Thomson Reuters. Os principais motivos são alta mortalidade materna, estupro, mutilação genital feminina e o casamento infantil. Na Somália, 95% das mulheres são vítimas da mutilação genital feminina, a maioria entre os 4 e 11 anos. Apenas 9% das mulheres dão à luz em estabelecimentos de saúde. As mulheres ocupam apenas 7,5% dos assentos parlamentares no país.

PORTAL: TERRA

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