Geoengenharia é o processo de intervenção humana planejada no clima por meio de tecnologia. Ou como quer a Royal Society britânica: “Manipulação deliberada em larga escala do ambiente planetário”.
Árvores artificiais, espessamento artificiais de nuvens, mudanças na coloração das plantas (para que grandes plantações, uma vez clareadas, reflitam a luz solar), espelhos gigantes flutuando em órbita ao redor da Terra, são algumas das medidas ponderáveis pelos defensores dessa nova ciência que pretende diminuir os efeitos do aquecimento global.
Um evento em Lima, no Peru, reuniu esses cientistas no chamado IPCC (o Painel do Clima da ONU). Os mirabolantes projetos nunca saíram do papel, e por isso mesmo, a imaginação corre solta como em um filme de ficção, sem levar em conta os possíveis danos ao meio ambiente. Por exemplo, um gigantesco conjunto de borrifadores em pleno oceano Atlântico poderiam, além de atingir seus objetivos (humificar e espessar as nuvens), modificar o clima e comprometer a selva amazônica, com uma redução das precipitações pluviais na região.Árvores artificiais, espessamento artificiais de nuvens, mudanças na coloração das plantas (para que grandes plantações, uma vez clareadas, reflitam a luz solar), espelhos gigantes flutuando em órbita ao redor da Terra, são algumas das medidas ponderáveis pelos defensores dessa nova ciência que pretende diminuir os efeitos do aquecimento global.
Esses borrifadores lançariam enormes quantidades de sulfatos na estratosfera para bloquear a luz do Sol ou despejar sal marinho nas nuvens para aumentar sua capacidade de refletir os raios solares.
" É aceitável a preocupação de que algo pode dar errado, mas eu não acredito ela (geoengenharia) seja tão prejudicial para o meio ambiente quanto o aquecimento global", pondera o oceanógrafo John Shepherd, um dos maiores defensores dessa tecnologia.
Contudo, essa ciência pode já não limitar-se ao campo somente das hipóteses.
A geoengenharia já não pertence ao reino do despropósito e se converte rapidamente em objeto de sérios debates científicos e interesses comerciais. Em 2007, o Terramérica divulgou a notícia de que a empresa norte-americana Planktos tentava lançar cem toneladas de partículas de ferro no Oceano Pacífico, perto das equatorianas Ilhas Galápagos – consideradas um santuário para o estudo da evolução das espécies – sem consentimento de Quito. A Planktos esperava, caso conseguisse provar que essa técnica permitia absorver dióxido de carbono, vender créditos de carbono. O projeto foi freado e a empresa encerrou seus testes na região.
Um dos pontos cruciais e extremamente perigoso dessas iniciativa trata-se do lançamento de ferro nos mares, para aumentar a quantidade de algas e assim absorverem mais CO2. Os efeitos dessas interferências humanas carecem de muitas pesquisas e podem ser desastrosos, segundo ponderam várias autoridades no assunto. É necessária uma moratória para as pesquisas de engenharia climática a céu aberto para dar tempo para um debate internacional sobre seus impactos na biodiversidade, na sociedade e na economia, acrescentou Pat. Os delegados presentes em Nagoya discutem a redação de uma suspensão. Um representante do Brasil disse ao Terramérica que este se tornou um tema importante, enquanto países como o Canadá se opõem firmemente a toda proibição. “A geoengenharia não é uma solução para a mudança climática”, concluiu a ativista Silvia Ribeiro, do ETC Group. “Só poderia ser considerada em situação de emergência, e, portanto, nunca pode ser rentável nem parte de nenhum mercado de carbono”, disse
Fonte: http://radiowebesfera.blogspot.com/2011/08/geoengenharia-salvacao-ou-condenacao-do.html
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