by Roberto M.
O que é maconha? A maconha é mesmo uma droga ruim? Quais as alterações que ela pode provocar no usuário? Qual é o princípio ativo da maconha?
A maconha, por ser mais barata e a mais disponível, via de regra, é a droga inicial dos usuários. Geralmente, os viciados em cocaína, crack ou oxi, já “estagiaram” na maconha. Além de tudo, a maconha é uma droga ilegal.
Vamos começar fazendo um histórico da maconha.
No mundo vegetal existe um arbusto conhecido cientificamente como Cannabis Sativa Linneu ou simplesmente Cannabis Sativa L, que é um gênero de cânhamo indiano.
Essa planta foi classificada em 1753, pelo naturalista e médico sueco Carolus Linneaus; é por isso que existe o “L” no nome.
A Cannabis Sativa L é detentora de um princípio psicoativo, um alcalóide, chamado Tetrahidrocannabinol (THC), que é capaz de produzir muitos efeitos no organismo, quando ingerido ou inalado.
O cânhamo é originário da Ásia Central e Ocidental. Hoje, espalhado pelo mundo, tem o nome variando de acordo com a região. Os persas o chamam de bang, na Alemanha é hauf, em holandês é keunp, cannabis em latim, cáñamo em espanhol, kender em turco, chu-sto em chinês, marijuana no hispano-mexicano.
Se prestarmos atenção, iremos perceber que a palavra “maconha” é um anagrama (reagrupamento das letras) da palavra “cânhamo”. A maconha é obtida das folhas e flores secas dessa planta.
As notícias mais antigas que se tem da maconha datam de 4.000 a.C e aparecem num texto ligado à medicina chinesa chamado Pen Tsóo. Desde essa época são discutidos os benefícios medicinais da maconha, mas nunca foi provado nada categoricamente.
O que se sabe são os males que ela provoca.
Os efeitos que a maconha provoca no organismo dependem de vários fatores: quantidade que se usa da droga, qualidade da planta e principalmente do problema psíquico do usuário. O solo, o clima e a época da colheita também influenciam nos efeitos, pois nos climas quentes, por exemplo, a concentração de THC (tetrahidrocannabinol) na Cannabis Sativa L é muito maior, e quanto maior a concentração, maior é o efeito do princípio psicoativo.
A dependência da maconha está ligada a vários fatores e varia muito de pessoa para pessoa, mas não é uma dependência física, é uma dependência psicológica.
Vamos ver agora os problemas que a maconha pode trazer ao usuário.
1) O uso da maconha pode diminuir os reflexos e provocar visões distorcidas da realidade;
2) Prejudica o desempenho nos esportes;
3) Diminui a sensação de perigo;
4) Provoca a perda da capacidade de concentração e da memória momentânea. Isto pode provocar acidentes na condução de veículos ou no manuseio de máquinas que exijam atenção;
5) A maconha aumenta a freqüência cardíaca;
6) Os olhos ficam avermelhados devido à congestão das conjuntivas;
7) O THC inibe as glândulas salivares provocando secura na boca;
8) Existe uma sensação de euforia e desinibição, provocando excesso de risos;
9) A droga influencia a atividade cerebral, podendo prejudicar o desenvolvimento do cérebro e do corpo;
10) Pode apresentar confusão mental, desorientação, sensação de medo e, até, despersonalização. Há relatos de aumento na incidência da síndrome do pânico entre usuários de maconha;
11) Há ocorrência de tosses, tremores e visão confusa;
12) Por ser desmotivante, a maconha afeta o rendimento escolar, provocando ou facilitando o abandono dos estudos;
13) Adolescentes que se apóiam na maconha deixam de enfrentar as dificuldades normais do crescimento e de aprender as lições emocionais, psicológicas e sociais da vida;
14) Todos os problemas da maconha se iniciam pela curiosidade, desinformação ou insistência de amigos;
15) Fumar maconha ou andar com quem fuma pode significar estar exposto a todos esses problemas acima, além de estar a um passo do contato com outras drogas.
No mundo das drogas, a maconha é conhecida por vários nomes. Se tiver curiosidade, veja o artigo “Os apelidos da maconha” e conheça as diversas alcunhas dessa droga.
Bibliografia: 1)Ferrarini, Edson – Vencedor não usa Drogas – Book Gráfica e Editora.
2) Guia Crescendo sem Drogas – APCD (Associação Parceria Contra Drogas) – Plural Editora e Gráfica.
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