O Ministério Público Federal no Ceará pedirá o cancelamento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) após indícios de que estudantes de Fortaleza tiveram acesso a questões antes da prova. A prova foi realizada no último fim de semana.
Segundo o procurador Oscar Costa Filho, um simulado de uma escola da cidade continha 13 questões idênticas às do exame realizado neste fim de semana em todo o país. Ainda segundo ele, o simulado foi impresso antes da realização do Enem.
Os indícios de vazamento das questões começaram a circular em redes sociais na noite desta terça-feira (25). Mais de 5 milhões de candidatos se inscreveram no Enem.
O procurador disse que notificará o MEC (Ministério da Educação) e o Inep (instituto do governo federal responsável pelo Enem). Caso o pedido não seja aceito, tentará suspender o exame na Justiça.
O MEC declarou, via assessoria de imprensa, que acionou na manhã desta quarta-feira a Polícia Federal para investigar o caso.
A prova do Enem é usada para a classificação dos candidatos no Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que oferecerá ao menos 87 mil vagas nas universidades federais para o próximo ano.
Histórico
As provas do Enem registraram problemas nos dois últimos anos. Em 2010, a prova amarela teve questões embaralhadas, o que fez com que alguns estudantes marcassem as respostas no campo errado.
Já na edição do Enem de 2009, exemplares da prova foram roubados. A fraude adiou a realização do exame, que acabou marcado por abstenção recorde e erro no gabarito oficial. Quatro dos cinco envolvidos no vazamento foram condenados pela Justiça Federal.
Neste ano, cerca de 1.100 candidatos foram informados por telefone que o local da prova indicado no cartão de confirmação de inscrição estava errado.
Segundo o Inep, o problema atingiu apenas candidatos do Rio e consistiu na digitação errada do número do prédio onde será feita a prova. Os cartões indicaram o prédio da reitoria da Unirio, cerca de 200 metros de distância do prédio onde ocorreu a prova.
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