quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Curiosidades sobre as epidemias durante a história

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Ela pode ser visível ou invisível. Pode estar em um ou mais continentes. Pode matar com a mesma facilidade que infectar. Pode causar os mais variados efeitos, da dor ao riso. São as epidemias, doenças contagiosas que costumam crescer de maneira rápida e descontrolada.
  • Qual a epidemia que mais matou em um curto período?


Estima-se que a pandemia de peste bubônica, que varreu a Europa na primeira metade do século XIV, tenha matado 75 milhões de pessoas, sendo a mais mortífera da história da humanidade, no período em que a atingiu.

 “Ela teria começado na Índia, por volta de 1330. A peste negra, como ficou conhecida, dizimou um terço da população europeia”, conta Flávio Edler, historiador e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz.

A peste era transmitida pelas bactérias presentes nas pulgas dos ratos, que infestavam as cidades na antiguidade. Até sete dias após o contágio, surgiam os sintomas: febre alta, mal-estar e bulbos (gânglios linfáticos hemorráticos ou, em outras palavras, feridas sangrentas). Nesse estágio, as bactérias invadem a corrente sanguínea, onde se multiplicam, causando peste septicémica e hemorragia em vários órgãos. Essas hemorragias formam manchas escuras na pele, por isso o nome peste negra.


  • Qual a epidemia que mais matou ao longo da história?


Se for levado em consideração apenas o número de mortes, sem precisar o período, a gripe espanhola aparece em primeiro lugar, tendo matado até 100 milhões de pessoas em diversos países. 

“Essa gripe de 1918 matou um número maior que a Primeira e a Segunda Guerra Mundial juntas”, diz o presidente da Associação Brasileira de Infectologia, doutor Marcelo Simão Ferreira. Embora leve o nome de espanhola, a gripe surgiu em Kansas, nos Estados Unidos, e migrou para a Europa durante a Primeira Guerra Mundial.



  • Qual a epidemia que mais perdurou?


A síndrome da imunodeficiência adquirida, também conhecida como Aids, pode ser vista como o grande mal de nossa sociedade atual. 

“A epidemia da Sida (Aids), que teve início em 1981, é, provavelmente, uma das mais longas epidemias que temos conhecimento”, afirma Flávio Edler, historiador e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz. Segundo a Organização Mundial de Saúde, estima-se que, até hoje, a Aids tenha matado mais de 30 milhões de pessoas. 

Como não há vacina direta, a informação se torna a arma mais eficaz contra essa epidemia.



  • Qual a epidemia que deixou a humanidade em estado de alerta?


Em 2009, a humanidade viu uma variação do vírus da gripe colocar todo o mundo em estado de alerta. O vírus Influenza A, subtipo H1N1, também chamado de gripe suína, surgiu no México e rapidamente se espalhou para outros continentes fora da América do Norte.

“Essa nova forma de gripe fez com que as pessoas alterassem seus hábitos, como disponibilizar álcool em gel nos mais diversos ambientes, lavar as mãos com frequência, entre outros”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Simão Ferreira. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao contrário do que muitas pessoas pensam, a principal forma de transmissão do vírus não é pelo ar, mas pelo contato com superfícies contaminadas.

  • Qual a epidemia mais 'engraçada' de todas?


Você já teve um ataque de riso que surgiu sem razão aparente? Fique atento, pois você pode ser uma das vítimas da epidemia do riso! 

Pode parecer mentira, mas ela realmente ocorreu na África, em 1962. Estudantes da cidade de Kashasha, onde hoje se localiza a Tanzânia, começaram a rir repentinamente em sala de aula, alternando momentos de riso e choro de maneira histérica. Não demorou muito para outras alunas serem atingidas pela praga, chegando a 95 das 159 estudantes acometidas com o mal do riso incessante.

Sem saber o que fazer, os professores enviaram as meninas de volta para casa. Pais e outros familiares acabaram infectados com a doença, que podia durar de poucas horas até 16 dias. Segundo um dos membros do departamento de sociologia de Harvard, Nicholas Christakis, o episódio se explica devido a um distúrbio psicogênico em massa. “A maneira como seus amigos se sentem influencia seu comportamento”, explica Christakis.

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