segunda-feira, 19 de março de 2012

Mídia ignora greve por 10% do PIB para Educação

segunda-feira, 19 de março de 2012
Foi praticamente nula a cobertura da mídia sobre a greve nacional dos trabalhadores da educação que durou três dias. Qual será o motivo de sermos ignorados?
16/03/2012

Passeata marca encerramento da mobilização dos trabalhadores da Educação

A manifestação reuniu caravanas de 23 cidades do interior do Estado e representantes de outros 70 municípios

A greve nacional da Educação chega no seu último dia de mobilização com a realização de um ato público, em Cuiabá, com aproximadamente 1.700 pessoas. A paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), em Mato Grosso, foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT). Com a concentração na praça Ulisses Guimarães, os trabalhadores seguiram em passeata até a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), onde foi realizado um ato público. Em seguida, houve uma caminhada pelo Centro Político Administrativo. A manifestação reuniu caravanas de 23 cidades do interior do Estado e representantes de outros 70 municípios.O presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira, comemorou a grande adesão dos trabalhadores da educação, durante os três dias de mobilização. "Este grande movimento foi possível pela representatividade que o sindicato tem nos municípios. Mato grosso novamente foi um dos Estados que mais teve participantes nesta greve nacional," concluiu.Durante os dias, 90% das escolas das redes estadual e municipais de Mato Grosso paralisaram suas atividades. O objetivo era chamar a atenção da sociedade para o descaso de grande parte dos gestores públicos que descumprem a Lei Nacional do Piso do Magistério. Com a realização de diversas atividades, trabalhadores da educação e alunos das duas redes escolares debateram sobre o tema central da greve nacional "Piso, Carreira e 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no Plano Nacional de Educação (PNE)".A secretária-geral do Sintep/MT, Vânia Maria Rodrigues Miranda, também fez um balanço positivo da greve no Estado. "O nosso movimento teve a participação da maioria dos municípios. Eles realizaram atividades e manifestações para chamar a atenção da comunidade escolar e dos gestores quanto às dificuldades enfrentadas pelas escolas que, com falta de estrutura, de repasses e baixos salários não nos permite ter uma educação de qualidade", afirmou.O secretário de Comunicação da subsede de Nova Olímpia, Gregório Cícero Correia, avaliou positivamente os trabalhos destes três dias de paralisação. "Nós abordamos a problemáticas das escolas em nosso município e, mais uma vez, constatamos irregularidades com relação ao piso salarial que, às vezes, não chega a ser o mínimo, problemas com o enquadramento de professores e estruturais das escolas," alertou o sindicalista.   Bandeiras de luta do Sintep/MT, a questão salarial e a desvalorização profissional geram desmotivação dos trabalhadores da educação, como relata a professora Luciene Vieira da Costa, da Escola Municipal Oscar Ribeiro em Várzea Grande. "A paralisação de hoje é um reflexo da realidade da nossa educação, um problema que não está apenas na rede municipal. Os trabalhadores contratados ainda são mais desvalorizados, pois temos que cumprir uma carga horária igual a de um concursado com um salário de R$ 866,00", criticou.

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