Um dos países que fez parte do meu primeiro mochilão foi à Argentina e achei que o assunto dessa minha primeira matéria aqui no Sair do Brasil deveria ser exatamente sobre o primeiro país que visitei.
Apesar de toda a rivalidade que temos no futebol e em outros esportes, não tenho do que reclamar, pois essa rivalidade fica restrita exatamente aos esportes. O convívio e integração com os argentinos foram extremamente fáceis e não sofri nenhum tipo de preconceito ou senti que não estava sendo bem tratado. Em todos os lugares em que estive, e não digo isso apenas para lugares turísticos, fui muito bem recebido e me senti super à vontade. Durante o mochilão, apesar de ter visitado apenas duas cidades argentinas, deu para ter uma ideia do país como um todo e posso dizer que é um país que vale a pena para nós brasileiros visitarmos.
Além de estar aqui ao lado, a Argentina não exige visto e nem passaporte para nós brasileiros, outra questão que também faz com que a entrada de brasileiros na Argentina aumente a cada ano é a valorização do real em relação ao peso argentino. Hoje em dia para quem está no Sul ou Sudeste do Brasil uma viagem para a Argentina pode sair mais barato que uma viagem para alguma cidade do Nordeste brasileiro, por exemplo.
Por isso, não há desculpas para não conhecer o nosso país vizinho. Sobre as cidades pelas quais passei, posso dizer o seguinte:
Buenos Aires é a capital e maior cidade do país, seu nome completo é Ciudad Autónoma de Buenos Aires. Como toda cidade grande, Buenos Aires também tem seus problemas, mas é uma cidade muito legal para se visitar. Entre os vários locais para conhecer e coisas para fazer gostaria de destacar o tour pelo estádio do Boca Jr, La Bombonera e também o Zoológico de Lujan, que como o próprio nome já diz não fica em Buenos Aires e sim em Lujan a 60km da capital. Opções para comer não faltam, acredito que os melhores fiquem nas regiões de Palermo e de Puerto Madero onde se podem encontrar vários tipos de restaurantes entre os quais eu destaco o Siga La Vaca: bom preço, bom atendimento e boa comida. Se você gosta de carne não pode perder. Entre os shows de tango que há na cidade (muitos), o Café Tortoni é um que gostaria de ter ido (não consegui fazer reserva, pois a procura é grande), pois é o mais antigo café da cidade e um clássico entre os portenhos.
A cidade é repleta de parques, praças e monumentos que valem um tempo andando a pé pela cidade para visitar, fotografar e admirar. A maioria das construções é em estilo antigo e são muito bonitas.
No centro da cidade, não se assuste caso se encontre com uma multidão fazendo algum tipo de protesto ou passeata, isso é muito comum por lá e dos 7 dias em que fiquei na cidade, em todos os dias vi algum tipo de protesto ou manifestação. Tudo é feito de forma pacífica e sem violência. Os argentinos, diferente de nós brasileiros, são bastante patriotas e protestam contra as coisas erradas do país.
Bariloche ou San Carlos de Bariloche é uma cidade onde qualquer foto que você tire na época de inverno, irá servir para cartão de natal. A cidade é totalmente voltada para o turismo, isso torna as coisas mais caras que em Buenos Aires, porém foi em Bariloche que fiz o câmbio mais barato de real para peso argentino.
A cidade é muita charmosa e entre os principais atrativos destaco os Sete Lagos; para quem gosta de ski e/ou snowboard, o Cerro Catedral; para as crianças, o Piedras Blancas; para relaxar e descer num tobogã muito legal, o Cerro Viejo; e para todas as lojas e fábricas de chocolates. Lugares para comer não faltam (não deixe de experimentar o fondue), o centro é bem movimentado durante o dia e também a noite, principalmente na Rua Mitre (a principal da cidade) e seus arredores. No Centro Cívico é possível ver e tirar fotos com os diversos cachorros da raça São Bernardo, que é o símbolo da cidade, mas os donos dos cachorros cobram por isso.
Perguntei para as pessoas sobre o verão na cidade e todas disseram que também há muito que fazer por lá nesta época do ano. Rafting, escalada, mountain bike, entre outros esportes de aventura juntamente com o contato direto com a natureza fazem com que o verão em Bariloche seja tão legal quanto o inverno.
Sobre o clima, o mês de julho é geralmente o mês mais frio do ano tanto em Buenos Aires quanto em Bariloche. Buenos Aires venta muito e por ter uma humidade maior a sensação térmica é de muito frio. Em Bariloche a neve faz com que o frio também seja intenso. Por tanto, a recomendação é não levar roupas de frio e sim comprar lá. Luvas e toucas, por exemplo, são muito mais baratos e roupas de frio próprias para as temperaturas de lá você também encontrará mais baratas que no Brasil.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário