Nota de alunos da 5ª a 8ª série também cai no município de SP
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
O rendimento dos alunos das séries finais (5ª à 8ª) do ensino fundamental da Prefeitura de São Paulo piorou na avaliação municipal do ano passado. Por outro lado, nas séries iniciais (1ª à 4ª) os estudantes evoluíram em relação ao exame anterior. DE SÃO PAULO
Chamado de Prova São Paulo, o exame avaliou estudantes com testes de língua portuguesa e matemática.
Exemplos de desempenhos: na 8ª série, a média em português caiu 7% em um ano, chegando a 213 pontos, numa escala que vai até 375; na 2ª série, houve aumento de 4% em matemática.
O aluno da 8ª série, formando na rede, teve nota semelhante ao que educadores esperam para a 4ª série, ou seja, um atraso de quatro anos (a Secretaria da Educação divulgou os dados usando como padrão o ensino fundamental de oito anos).
Do lado positivo, o exame mostra que a defasagem dos mais novos já foi maior: alunos da 3ª série de 2010 tiveram nota superior aos da 4ª série de 2008. A melhora das séries iniciais e a piora das finais também ocorreu na rede estadual de São Paulo.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Ele afirma que há mais dificuldades de melhorar os mais velhos porque eles foram alfabetizados em condições piores, com escolas com o terceiro turno ("turno da fome") e colégios de lata.
Para tentar reverter a queda de desempenho desses estudantes, as escolas municipais deverão passar a oferecer, fora do horário de aula, reforço aos que tiverem mais dificuldade. A medida já era praticada nos anos iniciais.
IMPLEMENTAÇÃO
"Até agora, não havia programas especiais para os alunos mais velhos com dificuldades, como havia para os mais novos", disse o presidente do Sinesp (sindicato dos diretores de escola), João Alberto Rodrigues de Souza.
Ele afirma que a recuperação é uma boa proposta, mas que é necessário acompanhar sua implementação. "Até agora, os professores não foram capacitados, o material específico não chegou e as escolas terão problemas para encontrar espaço para essas turmas."
Para o pesquisador da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse, a prefeitura precisa reavaliar seus programas na área.
"Os anos passam, as avaliações são feitas, o dinheiro é gasto e não aparece melhora substancial no desempenho", disse o pesquisador.
Um dado comemorado pela prefeitura foi o desempenho dos alunos mais novos, com mais dificuldades, que estudam em turmas especiais. Houve melhora nas séries em que existe o programa, que prevê salas menores e materiais específicos.
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