quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"Anonymous Brasil" ataca site do HSBC.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Folha on Line
02/02/2012 - 12h25

Site do HSBC é o quarto a enfrentar problemas de acesso

O site do HSBC apresenta problemas para ser acessado nesta quinta-feira, em uma semana marcada por dificuldades para as operações na internet das principais instituições financeiras no país.
O grupo de hackers identificado como "Anonymous Brasil" alega, em sua página no Facebook, ser o responsável pelos problemas no site, numa campanha que já estava programada para esta semana.
A assessoria de imprensa do HSBC no Brasil confirma apenas que há um volume de acessos "acima do esperado" e que está trabalhando para normalizar o serviço.
Nos últimos dias, os sites de Itaú, Bradesco e Banco do Brasil também tiveram dificuldade. Em redes sociais, o mesmo grupo de hackers se disse responsável pelos ataques que atrapalharam o acesso aos sites desses bancos desde segunda-feira.
O BB, que teria sido o alvo dos hackers na quarta-feira, informou que houve lentidão no sistema em algumas regiões do país, mas que o site tinha permanecido disponível.
Na terça-feira, foi o site do Bradesco que mostrou instabilidade. Na segunda-feira, situação parecida aconteceu com a página do Itaú. Nenhum dos dois bancos atribuiu os problemas diretamente ao ataque de hackers.

Hackers dizem que ataques a bancos não visam roubo de dados.
 Os brasileiros do grupo hacker Anonymous afirmaram que os ataques realizados aos sites de instituições bancárias não possuem como objetivo roubar informações ou explorar outras falhas de segurança, apenas chamar a atenção para questões de ativismo do grupo.
Em entrevista à Folha, o grupo ainda afirmou que é composto por sete integrantes com idade entre 25 e 35 anos e que parte deles são profissionais do setor de tecnologia.
Eles se definem como ativistas e ressaltaram que seus ataques são para chamar a atenção da população para a "corrupção e a podridão da política nacional".
O grupo também afirmou que ao contrário da maioria dos ataques conhecidos, onde hackers espalham softwares maliciosos em diversas máquinas da internet para deflagrarem suas ações, eles utilizam poucos computadores, mas com poder de processamento semelhante aos servidores dos grandes bancos.
Ainda segundo eles, a série de ataques batizada de #OpWeeksPayment realizados nesta semana foi planejada com antecedência e deve continuar.
Na segunda-feira o site do Itaú foi o primeiro alvo dos ataques e chegou a ficar com o site fora do ar durante diversos momentos do dia.
Nesta terça-feira um novo ataque deixou o site do Bradesco indisponível e com lentidão durante boa parte do dia. Em nota os dois bancos confirmaram a indisponibildiade de seus sites, mas não informaram os motivos dos problemas.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirmou por meio de nota que as instituições financeiras têm "mecanismos e contingências capazes de inibir eventuais ataques como os supostamente seriam tentados contra os bancos".
A entidade também criticou os ataques que, se bem sucedidos, "atingiriam e prejudicariam a população que utiliza os serviços eletrônicos para obter informações e realizar transações bancárias".


ESTRATÉGIA DOS ATAQUES


O grupo tem utilizado de uma técnica de ataques de negação distribuída de serviço, o DDOS (um acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service), que consiste em bombardear um servidor com pedidos de acesso para um site até que ele atinja o limite de sua capacidade e fique indisponível.
Segundo especialistas em segurança da informação ouvidos pela Folha, este tipo de ataque não oferece grandes riscos a segurança de dados armazenados, mas deve ser acompanhado com atenção para evitar que este ataque seja um disfarce para que os hackers tentem outras formas de ataques e invasões ao servidor alvo. 

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