Júlio Campos afirma que esporte fortalece cultura violenta no país
DA REDAÇÃO
O deputado federal Júlio Campos (DEM) saiu em defesa da proibição de se exibir eventos de lutas de MMA (Artes Marciais Mistas) em canais abertos de TV. Essa modalidade de esporte é a que mais cresce no mundo e, recentemente, a Rede Globo exibiu uma edição ao vivo do UFC, maior evento de MMA do planeta. Para o deputado, a modalidade deveria ser chamada de “esporte da violência e do luto” – e “a maior expressão do retrocesso racional daqueles que a defendem e dos que a promovem como prática esportiva”. O parlamentar defendeu a tese na tribuna da Câmara Federal. Um projeto do deputado federal José Mentor (PT-SP), apresentado em 2009, defende a proibição.
Júlio Campos disse, por meio de nota distribuída por sua assessoria, que o MMA “serve somente para disseminar uma cultura e intolerância”.
“Que benefício essa prática pode deixar de positivo? Nenhum, além de hematomas, cicatrizes, estado vegetativo, pessoas tetraplégicas e até provocar a morte. É possível colocar um cinturão pela vitória, quando se coloca um outro em um caixão e se vai para o cemitério?”, afirmou Júlio Campos.
Segundo o deputado democrata, a sociedade atualmente tem se comportado de maneira “extremamente violenta” e “que muitas vezes se mostra intolerante com o diferente e que reage violentamente a coisas insignificantes”.
“Aonde vamos parar, se incentivarmos essa cultura da violência?”, disse Campos. “É uma aberração que muitos chamem isso de esporte, e que é utilizado por megaempresas e empresários somente para ganhar dinheiro”, completou.
Júlio Campos defendeu que a prática não seja disseminada por TV´s de canais abertos por “perceber que a população entende que aquilo que passa na televisão e aparece na mídia é digno de confiança e aceitação sem nenhum questionamento”.
“Enfim, muitas mensagens se impõem como verdade, simplesmente por passarem na mídia. E elas assumem importante papel na formação cultural e moral da sociedade”, afirmou.
Para ele, a prática do MMA “faz claramente apologia à violência e à agressão física”. “É esta cultura que queremos cultivar nos nossos adolescentes e jovens por meio dos canais de televisão, que são concessões públicas? Porque esta prática tem sido amplamente disseminada em nosso país por veículos de comunicação de massa”, afirmou o parlamentar.
Fonte: http://www.midianews.com.br/
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