domingo, 16 de setembro de 2012

11 livros que podem mudar sua vida

domingo, 16 de setembro de 2012
Esta lista não é algo absoluto. É pessoal. Subjetiva.
Estes 11 livros podem mudar o modo como você vê o mundo porque de alguma maneira mudaram como eu via alguns aspectos da vida.
Verdade é que não se lê nem um Almanaque Sadol impunemente. Cada palavra que entra pelos olhos ou ouvidos nos transforma.
E, a cada vez que as lemos novamente, elas também se transmutam. Pois nós mesmos já somos outros.
É a alquimia dos livros.
Mas basta de filosofia barata e vamos a eles.

1. Pergunte ao Pó, de John Fante

Você vai adorar as aventuras do ítalo-americano Arturo Bandini na tentativa de ser um escritor de sucesso. Nela você descobre que, com pouco, você pode se sentir o rei do mundo. Se você tiver mais de 20 anos vai querer voltar àquela época para viver uma aventura parecida. Se tiver menos, há grandes possibilidades de viver uma aventura parecida de fato.

2. Ensaios, de Ralph Waldo Emerson

No livro que reúne os ensaios do escritor Ralph Waldo Emerson você encontrará palavras inspiradoras para viver com mais responsabilidade e, ao mesmo tempo, liberdade, auto-suficiência e independência moral. Palavras com atitude.

3. Um Ensaio Autobiográfico, de Jorge Luis Borges

Trata-se de um livro fino e com grandes letras. Você lê em três horas ou até menos. É ainda mais especial se você já conhece a obra do escritor argentino. Ele mostra como é possível falar de amor sem falar de amor, quase como se não se quisesse estar ali.

4. Cosmos, de Carl Sagan

Se você não gosta de ciências, este livro vai mudar o modo como você vê as áreas do conhecimento por elas abrangidas. Não só isso, vai mudar como você se situa no universo, nos seus maiores e menores aspectos. No mínimo, você vai conhecer um homem que era apaixonado pelo que fazia e queria que todos se apaixonassem da mesma maneira que ele. Algumas passagens são pura poesia.

5. Hamlet, de Shakespeare

Recentemente, escrevi um texto inteiro falando de motivos para você ler Hamlet.

6. O Grande Mentecapto, de Fernando Sabino

É o primeiro livro de que lembro ver meu pai rindo sozinho enquanto lia. Foi o segundo livro sem figuras – o primeiro foi Tubarão (sim, aquele do filme) – que li. Se você ainda não gosta de ler, comece com esse ou com livros de crônica desse autor.

7. Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa

Tem mais poesia em um parágrafo desse livro que em toda a obra reunida dos poetas concretos. Não se assuste: não desista logo num primeiro momento do jeito de Rosa escrever. Encare como se você estivesse em outro país, com uma outra língua: aos poucos você se acostuma com o jeito do povo falar e começa a se divertir.

8. Quase Memória, de Carlos Heitor Cony

A memória é um tema inesgotável da literatura. Se você não quer ler o caudaloso Em Busca do Tempo Perdido, de Proust, comece com Quase Memória, de Cony. É triste, doce, engraçado. Até lê-lo jamais poderia imaginar o tipo de escritor que Cony era.

9 e 10. À Sombra das Chuteiras Imortais e A Pátria em Chuteiras, de Nelson Rodrigues

Você pode não gostar de futebol. Mas talvez mude de idéia quando ler as crônicas de Nelson Rodrigues sobre o esporte. Ele era tão cegueta que mal distinguia os dois times em campo. Mas não perdia uma partida. Nas suas palavras, o rude esporte bretão ganhava proporções épicas. Coisa de mitologia grega pra cima. O time de Aquiles de um lado, o de Heitor do outro. Para saber quem disputaria a final contra o escrete de Leônidas. Da Silva, naturalmente.

11. Laços de Família

Chega de dizer que Clarice Lispector é literatura feminina. Ao ler Laços de família talvez você perceba que a literatura de Clarice Lispector é tão somente humana. Calhou de ela nascer mulher.

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