ONU adverte que crise de fome na África vai ser longa
A crise de fome no Chifre da África vai ser longa, previu nesta  quinta-feira a subsecretária geral para a Coordenação de Assuntos  Humanitários da ONU, Valerie Amos. 
 "Esta não vai ser uma crise curta. A ONU e seus membros esperam combater  esta situação pelo menos durante os próximos seis meses", afirmou em um  discurso em Genebra. 
 A organização decretou situação de crise de fome em duas regiões da  Somália, mas não tem números concretos sobre a quantidade de mortos.  Amos afirmou que, no Chifre da África, há 11,5 milhões de pessoas "que  necessitam de assistência urgente", sendo 3,7 milhões na Somália. 
| Ismail Taxta /Reuters | ||
| Mulher somali carrega filho subnutrido em um acampamento na capital Mogadício; ONU diz que crise será longa | 
 "Se não atuarmos, esta crise de fome se estenderá ao resto do sul da  Somália em dois meses, e seus efeitos podem se estender aos demais  países da região". 
 A ONU está pedindo ajuda financeira de US$ 1,9 bilhão para combater a  situação na Etiópia, Quênia e Somália --onde estão os principais os  focos da crise. Menos da metade do valor requisitado foi financiado até o  momento. 
 Uma reunião de emergência para discutir a situação foi convocada pelo  órgão para o dia 25 de julho, a pedido da França. O encontro deve  acontecer em Roma. 
 Nos centros de distribuição de alimentos e acampamentos da Somália, os  soldados já estão usando a força para conter a briga das famílias pela  comida distribuída. 
 O governo queniano expressou preocupação com o grande número de somalis  fugindo da seca e sugeriu que os alimentos deveriam ser jogados no país  com a ajuda de aviões. Dezenas de milhares de pessoas já foram buscar  ajuda em campus de refugiados no Quênia e na Etiópia. 
 "Uma vez que os refugiados vêm para o Quênia, eles não querem voltar.  Eles dizem que é melhor morrer no Quênia do que na Somália", disse o  primeiro-ministro queniano, Raila Odinga. 
 
 
 
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