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ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK
Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, o empreendedorismo não é a marca principal da fortuna colecionada pelos bilionários brasileiros. DE NOVA YORK
Segundo a lista global da revista "Forbes" divulgada anteontem, metade dos 30 bilionários brasileiros teve a colaboração de herança para alavancar seu patrimônio.
É o caso da família Steinbruch (da CSN), dos Ermírio de Moraes (Votorantim) e de Abilio Diniz (Pão de Açúcar).
Dos 12 brasileiros que estão pela primeira vez no ranking, 9 devem à herança ao menos parte da sua presença na lista --são herdeiros do Itaú Unibanco e do Bradesco.
No topo da lista, porém, o cenário é diferente. As quatro pessoas mais ricas do país têm a fortuna chamada "self-made", ou por esforço próprio: Eike Batista, Jorge Paulo Lemann, Joseph Safra e Marcel Telles.
Edtoria de Arte/Folhapress | ||
Quase a mesma coisa acontece no ranking global, já que Carlos Slim, Bill Gates e Warren Buffett (os três mais ricos do mundo) não contam com a herança como uma das fontes do patrimônio.
Esse mesmo panorama de predomínio do legado familiar se repete no restante da América Latina, indicando uma dinâmica de economia diferente das da Europa e dos Estados Unidos.
Dos 21 bilionários latino-americanos (e que não são brasileiros), 12 receberam herança que contribuiu para a fortuna.
Somente o México tem mais bilionários que não tiveram origem na herança. Na terra de Slim, o homem mais rico do mundo, o fiel da balança foi o traficante Joaquín Guzmán Loera, que deu a vantagem de 6 a 5 para os "empreendedores".
Nos EUA e na Europa, mais de dois terços têm fortuna "self-made".
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