Por Darcy Arruda
A Democracia brasileira ainda é um óvulo não fecundado quando comparada ao processo democrático de países como EUA e Inglaterra, ambos com mais de 200 anos, lembrando que o direito ao voto e a livre expressão no Brasil vão completar 27 anos em 2011. Diante deste quadro é normal que nossa geração de debatedores ainda guarde um ranço de cultura anti-debate, afinal seus pais cresceram em um universo onde contestar as ideias vigentes era um crime.
Pensar e expor seus pensamentos, é um ato de construção da cidadania, alem de contribuir na formação academica e de colocar em prática as teorias da sala de aula. Participar de uma contenda de ideias é muita mais difícil que enfrentar um ringue ou um tatame, ali não estarão à mostra seus músculos, torneados pelo esforço repetitivo, mas sim suas vísceras educacionais, suas fraquezas e suas fortalezas.
Nessa peleja os alunos do 3º ano do ICE se saíram muito bem, salvo raras exceções, tivemos uma boa participação. O tema escolhido não foi dos mais fáceis, exigiu conhecimentos políticos, geográficos e sociológicos, os quais requerem leitura, reflexão e bom senso no julgamento de atos que, na sua grande maioria, ocorrem a milhares de quilômetros do Brasil, mais que hora ou outra tendem a nos atingir, seja por percalços políticos, econômicos ou sociais.
Por fim, quero encerrar elencando a boa participação dos novatos do ICE, alunos que entraram este ano, que pena, mas que já estão se destacando como ouvintes atentos, comentaristas participativos e futuros cidadãos reflexivos. Aos remanescentes do ano passado, que nos presenteiam com seu interesse no conteúdo em sala de aula, tenho apenas uma coisa a dizer,continuem assim, são vocês que nos fazem seguir em frente.
Fonte: Fronteiras da Geografia |
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